terça-feira, 9 de julho de 2013

Compasso

Quando comecei a escrever esta letra era com o objectivo de ser sobre o Gerês, sítio onde tenho ido nos últimos fins-de-semana. Ao escrever acabei por alterar o sentido que lhe queria dar inicialmente, acabando por expressar mais um desejo de sossego, em contraste com as preocupações do dia-a-dia em dias em que o calor sufoca, como os das últimas semanas. A música chama-se "Compasso".

A visão de um rio frio,
Calmo e sadio
Numa tarde de Verão,

Pura imaginação,
Miragem vil, delírio juvenil
No meio do betão,

No início da semana,
Quando o ar sufoca
E o vento já não me engana.

Refrão:
Que o tempo parece que não passa e arranha
E o trabalho não dá pr’a comprar a senha
Do almoço que não sobra para o jantar
E os transportes que não param de aumentar…

A visão da natureza,
Esperança acesa
Em dias de calor.

Em dias sem sabor,
Um desvario, um calafrio,
Perde-se o fulgor

Mesmo antes da festa
E só o rio que corre,
Só esse é que refresca.

Refrão:
Que o tempo parece que não passa e arranha
E o trabalho não dá pr’a comprar a senha
Do almoço que não sobra para o jantar
E os transportes que não param de aumentar
São mais um passo no meio desta dança
Num compasso que desespera pela mudança.

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